07/10/2021
Um dia após a decisão de Jair Bolsonaro em prestar declarações pessoalmente à Polícia Federal, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou 30 dias para a entidade ouvir o presidente.
No documento, assinado pelo ministro da Advocacia-Geral da União, Bruno Bianco, pediu que o depoimento seja “ajustado” conforme agenda presidencial.
Bolsonaro responde à acusação feita pelo ex-ministro do presidente querer intervir na Polícia Federal.
Em 2020, Sérgio Moro anuncia demissão, após Bolsonaro tomar decisão política no Ministério da Justiça.
O ex- ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro. Moro anunciou a decisão horas depois de Bolsonaro exonerar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo.
O ministro fez críticas indiretas ao governo Bolsonaro, por sustentar uma crise política em plena temporada de combate à pandemia do coronavírus, e lamentando ter de realizar um evento desse porte “num momento como esse”.
Afirmou também que não encontrou no atual governo a mesma garantia de autonomia que encontrou até mesmo nos governos de Lula e Dilma.
Moro lembrou de sua trajetória como juiz, dizendo ter tido “diversos casos criminais relevantes” e citou a Lava Jato, revelando “preocupação constante da interferência do Executivo nas investigações da Lava Jato”.
Na época, o ex-juiz e ex-ministro listou projetos apresentados em sua gestão e enfatizou diversas interferências de Bolsonaro na nomeação de cargos de sua confiança.