Em matéria da (Reuters) e (CNN Brasil), informando que a Rússia disse à Ucrânia que está pronta para interromper as operações militares “em um momento” se Kiev cumprir uma lista de condições, disse o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, nesta segunda-feira (07/03).
O Kremlin quer o reconhecimento da Crimeia como território russo
A Crimeia é uma região da ucraniana que tem fortes laços com a Rússia. Que se tornou em 2014 uma disputa entre Kiev e Moscou,
foi praticamente anexada pela Rússia, sob protestos das potências ocidentais, e da própria Ucrânia que até então, dona do território.
Aproveitando o vazio de governo, as autoridades da Crimeia, região de maioria russa, propuseram um referendo interno no território, perguntando aos habitantes se eles estariam dispostos a se juntar à Rússia. O resultado, um apoio esmagador à anexação, deu a legitimidade que o governo de Vladimir Putin queria para poder anexar completamente o território.
Dois dias depois do referendo, o presidente russo fez um discurso em que reconheceu a soberania do território ucraniano, dizendo que a Crimeia ‘sempre foi e sempre será parte da Rússia.
A Crimeia é uma república autônoma da Ucrânia, localizada em uma península no Mar Negro. A região já pertenceu à Rússia, anexada pela Ucrânia em 1954 – o então líder soviético Nikita Khrushchev, que era de origem ucraniana, deu a região como presente. Diferente do resto da Ucrânia, a maioria da população na região é de origem russa.
Que a Ucrânia reconheça as regiões separatistas como independentes.
Após o colapso da União Soviética em 1991, a Ucrânia se firmou como uma nação independente. Contudo, no leste, especialmente nos oblasts de Donetsk e Luhansk (na região de Donbass), as minorias russas começaram a reinvindicar mais autonomia política, algo que o governo central em Kiev resistia.
O governo ucraniano iniciou a chamada “Operação Anti-terrorista”, lançando uma série de ofensivas e reavendo várias cidades e regiões ocupadas pelos separatistas. Em agosto de 2014, as forças rebeldes já haviam sido empurradas para o território próximo.
No final de 2020 a situação voltou a um impasse, com ambos os lados acusando um ao outro de violar acordos de cessar-fogo. Ao final de 2021, o governo russo começou a mover uma enorme quantidade de tropas e equipamentos para a fronteira Rússia-Ucrânia. O presidente da Rússia, Vladimir Putin afirmou que via com maus olhos a reaproximação da Ucrânia com o Ocidente e rechaçava a ideia do país vizinho de ingressar na OTAN. Putin via o território ucraniano, assim como outros países da Europa Oriental, como parte central da zona de influência russa, afirmando que a presença militar da OTAN no leste da Europa colocava a Rússia em perigo. Em fevereiro de 2022, o governo russo reconheceu formalmente a independência das zonas separatistas das auto-proclamadas repúblicas populares descritos acima. Foi reportado então que tropas russas cruzaram a fronteira, levando a essa enorme crise diplomáticas internacional.
Que Constituição da Ucrânia rejeite entrada em qualquer bloco
Moscou quer que a Constituição Ucraniana seja alterada para resguardar neutralidade, reconheça a Crimeia como território russo e reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como territórios independentes.
“Se a Ucrânia cesse a ação militar, mude sua constituição para consagrar a neutralidade, reconheça a Crimeia como território russo e reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como estados independentes, a Rússia interrompe os ataques” Dmitry Peskov.
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