Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que o presidente Lula também foi alvo de monitoramento no esquema denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que planejava o assassinato dele, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O método que seria utilizado pelo grupo, para matar lula, é o mesmo que o presidente da Rússia é acusado de usar para eliminar opositores, envenenado.
De acordo com a denúncia assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, o plano envolvia a coleta de informações estratégicas sobre Lula e sua equipe de segurança.
O documento, de 272 páginas, aponta que o militar Hélio Ferreira Lima esteve nas proximidades do Hotel Meliá, em Brasília, entre 25 e 26 de novembro de 2022, onde Lula se hospedou após ser eleito.
Esse período coincide com o início do reconhecimento de locais sensíveis ligados a Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além disso, a denúncia indica que o agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares forneceu informações sobre a agenda e os deslocamentos de Lula a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A investigação levou à prisão de cinco militares em novembro de 2023, suspeitos de integrar o esquema. Entre eles, o general Mário Fernandes, ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro.
Segundo a PGR, os envolvidos faziam parte do grupo conhecido como ‘kids pretos’, formado por membros das Forças Especiais do Exército.
O plano previa o uso de armas bélicas contra Alexandre de Moraes e a tentativa de envenenamento de Lula. “O esquema se desdobrava em minuciosas atividades, requintadas nas suas virtualidades perniciosas”, descreve a denúncia da PGR.