PF indicia governador bolsonarista do Rio, Cláudio Castro, por corrupção e peculato

Governador Claudio Castro foi investigado pela PF a partir de apuração do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

A Polícia Federal (PF) indiciou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, pelos crimes de corrupção passiva e peculato. A informação foi confirmada pelo Metrópoles.

O atual governador é investigado desde 2023, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é suspeito de envolvimento em um esquema em mandatos anteriores, quando era vereador e vice-governador do Rio. O relator do caso é o ministro Raul Araújo.

Com o pedido de indiciamento, caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir agora se apresenta denúncia, se pede mais diligências à PF ou se arquiva o caso.

Investigações

Segundo as investigações da PF, Cláudio Castro recebeu aproximadamente R$ 400 mil em pagamentos indevidos entre 2017 e 2019, período em que foi vereador do Rio e vice-governador do estado.

Em pronunciamentos anteriores, a defesa do governador negou as irregularidades e classificou as informações como “infundadas, velhas e requentadas”. Os advogados também reiteraram que as apurações se baseiam na delação de um réu confesso, que é objeto de nulidade junto aos tribunais superiores, em razão de sua absoluta inconsistência.

Irmão de criação também indiciado pela PF

Segundo o portal Uol, o irmão de criação de Cláudio Castro, Vinícius Sarciá Rocha, também foi indiciado. Em dezembro de 2023, ele chegou a ser alvo da Operação Sétimo Mandamento, da Polícia Federal, em investigação sobre possíveis fraudes em programas assistenciais do estado.

O indiciamento é o procedimento em que o delegado de polícia, no âmbito de uma investigação, conclui que há indícios de crime e associa os possíveis delitos a uma pessoa ou grupo de pessoas.

O outro lado

A defesa do governador Cláudio Castro informou que “está entrando com um pedido de nulidade do relatório da PF que o indicia. Causa estranheza o fato de, em todos esses anos, o governador sequer ter sido convocado a prestar qualquer esclarecimento sobre os fatos.”

“As informações que sustentam a investigação são infundadas, e a defesa reitera que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, em documentos que estão sob segredo de Justiça e continuam a serem vazados, o que vem sendo contestado junto aos Tribunais Superiores em razão de sua absoluta inconsistência”, acrescentou.

Segundo a defesa, “o governador confia na Justiça e está seguro de que tudo será esclarecido até o fim do processo legal.”

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