A Polícia Federal (PF) prendeu na tarde de ontem (20), em São Lourenço (MG), o empresário e designer Marcelo Fernandes Lima, de 52 anos.
Ele foi condenado a 17 anos de prisão por crimes relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e ficou conhecido por furtar uma réplica da Constituição Federal durante a invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Marcelo foi detido em sua residência, com o apoio da Polícia Militar, após a emissão de um mandado de prisão pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 11 de fevereiro.
Desde a condenação, em 4 de fevereiro, ele era considerado foragido. As acusações incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Durante os atos de 8 de janeiro, Marcelo foi registrado em imagens sobre a escultura A Justiça, em frente ao STF, segurando a réplica da Constituição e envolto em uma bandeira do Brasil.
A peça foi devolvida à PF quatro dias depois, em 12 de janeiro, quando ele alegou tê-la encontrado durante os protestos.
Após a devolução, Marcelo foi liberado com tornozeleira eletrônica, mas passou à condição de foragido após a condenação.
Localizado e preso nesta quinta-feira, ele passou por atendimento médico e foi encaminhado ao Presídio de São Lourenço, onde permanece à disposição da Justiça.
Além da pena de prisão, Marcelo e outros condenados terão de pagar, solidariamente, uma indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos.
