O prefeito de Farroupilha (Rio Grande do Sul), Fabiano Feltrin (PL), será investigado pela Polícia Federal (PF) por sugerir em evento ao vivo, no Instagram, na última quinta-feira (25), que “homenagearia” o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocando-o em uma guilhotina.
Esse equipamento foi utilizado para cumprimento de pena de morte por decapitação em eventos históricos como a Revolução Francesa. A autorização de investigação foi acatada pelo próprio Moraes, com base em pedido do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet.
Relembre caso
Em live, Feltrin disse: “É só botar ele [Moraes] aqui na guilhotina, ó [disse, encenando uma decapitação]. Tá aqui a homenagem pra ele”. O ato ocorreu durante visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que estava próximo do mandatário municipal. Feltrin trocou o PP (Progressistas) pelo Partido Liberal na última janela partidária.
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O prefeito de Farroupilha afirmou que a fala foi “uma brincadeira” logo após caso ganhar repercussão nas redes sociais e na imprensa. “Embora eu seja de fato um crítico de sua atuação como magistrado, é inadequada qualquer alusão a atos de violência”, disse em nota. Entretanto, para Gonet, “diante da gravidade da conduta”, o pedido de investigação se fez necessário.
Fica definido prazo de 60 dias, a contar dessa segunda (29), para a PF apresentar ao STF um relatório sobre o caso e o fim de sua tramitação sob sigilo. No Supremo, a petição nº 12.814 é relatada por Moraes.
A reportagem do SBT News tentou contato com assessores do PL e equipe e advogados de Feltrin. Não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto e esse texto será atualizado em caso de resposta.