A prisão do MC Poze preenche todas características de uma prisão midiática, com o objetivo político, já que se aproxima do ano eleitoral.
Geralmente políticos de cidades grandes costuma se valerem desse meio. Realiza prisões com provas subjetivas, sabendo que amanhã precisa revogar, a essa altura a grande mídia já foi usada para promover o espetáculo midiático.
Hoje o Rio de Janeiro é governado por Cláudio Castro (PL), bolsonarista raiz, que não pode sair candidato em 2026, mas precisa tá forte para ajudar o ex presidente Bolsonaro a ter influência no Estado, elegendo nome de sua base.
No entanto, não tem um nome forte, quem tá na frente é Eduardo Paes, (PSD), de forma que o atual governador parece tá usando o judiciário e as forças de segurança para tentar agradar o bolsonarismo crescer na opinião pública, assim fortalecer um nome.
Lembrando que o MC poze, já mencionou negativamente o ex presidente Jair Bolsonaro em uma de suas falas. E essa prisão, tá sendo muito explorada pela extrema direita.
Do que foi informado até o momento pela polícia civil, não trás indícios suficiente para justificar a prisão do Poze, cantar em favelas, mesmo com suposta apologia a prática de crimes, não é suficiente.
Se assim fosse, todos os moradores são envolvidos com o tráfico de drogas, pois a realidade de quem vive nessas comunidades é muita complexa, no sentido de que as vezes é preciso escolher que está de um lado, quando aquela localidade é ocupada por alguma facção.
Neste caso, as pessoas são obrigadas a escolher um lado, ou nem pode viver naquela comunidade e isso de forma alguma configura participação ou envolvimento com o crime organizado.
Entenda o que prisão midiática e seus efeitos sobre a vítima e os políticos para quem promoveu.
A prisão midiática refere-se à condenação e julgamento de uma pessoa pela mídia, antes mesmo que o processo judicial tenha concluído, ou seja, um julgamento público que ocorre nos meios de comunicação antes da decisão final das autoridades judiciais.
Este conceito implica na criação de uma “prisão” virtual, onde a pessoa é acusada e condenada pela opinião pública e pela mídia, com base em informações nem sempre precisas ou completas, o que pode comprometer seus direitos e garantias fundamentais.