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União Europeia não reconhece reeleição de Maduro e aumenta pressão internacional

Apesar de também não validar o resultado divulgado, o bloco europeu foi mais cauteloso que os EUA e se absteve de reconhecer a vitória do opositor Edmundo González

União Europeia (UE) aumentou neste domingo a pressão internacional sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao se somar aos Estados Unidos e aos países da América Latina que não reconhecem o resultado das eleições de 28 de julho, marcadas por denúncias de fraude.

O papa pediu hoje no Vaticano para se “buscar a verdade” na Venezuela, enquanto a líder opositora María Corina Machado agradeceu o pedido de sete países europeus para que as atas de votação sejam divulgadas.

Os protestos contra a vitória de Maduro já deixaram 11 civis mortos, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, e mais de 2.000 detidos.

“Na ausência de provas que os respaldem, os resultados divulgados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos”, ressaltou hoje o Conselho da União Europeia, que exigiu “uma verificação independente”.

Diferentemente dos Estados Unidos e de outros países, a UE se absteve de reconhecer a vitória do candidato opositor, Edmundo González Urrutia.

“As cópias das atas eleitorais divulgadas pela oposição e revisadas por organizações independentes indicam que Edmundo González Urrutia parece ter vencido as eleições presidenciais por uma maioria significativa. A União Europeia pede, portanto, uma nova verificação independente das atas eleitorais, se possível por uma entidade de reputação internacional”, diz o comunicado.

A UE também pediu ao governo venezuelano “que ponha fim às prisões arbitrárias, à repressão e à retórica violenta contra os membros da oposição e da sociedade civil, e que liberte todos os presos políticos”.

Maduro foi confirmado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) como presidente reeleito, com 52% dos votos, contra 43% para o opositor Edmundo González Urrutia. Com isso, o governante de esquerda assumiria um terceiro mandato, projetando-se para um total de 18 anos no poder. A oposição, no entanto, publicou em um site atas que dariam a González 67% dos votos.

O CNE ainda não divulgou os resultados detalhados, alegando que seu sistema foi alvo de “um ataque hacker em massa”. Maduro e funcionários do alto escalão questionam a validade dos documentos divulgados pela oposição.

A opositora María Corina agradeceu neste domingo aos governos de Alemanha, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Polônia e Portugal por seu “compromisso com a democracia”, após o pedido desses países para que sejam divulgadas as atas da eleição presidencial da Venezuela.

GmundoNews
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Perfil da central nacional de jornalismo GmundoNews Brasília DF Brasil
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