Lula assinou projeto que vai aumentar o número de famílias que vai receber o gás de cozinha de graça.
O anúncio foi feito ele na última quinta-feira (13), durante um evento no Amapá. A mais relevante delas, sob o ponto de vista do mercado de óleo e gás, é a distribuição de gás de cozinha (GLP) de graça para 22 milhões de famílias.
O presidente não deu mais detalhes da iniciativa, mas o mercado já começa a se questionar como o governo vai arcar com o custo de um programa dessas dimensões.
“Estamos discutindo um projeto. Já está quase tudo pronto. Vamos entregar gás de graça para 22 milhões de famílias nesse país. Porque para nós, o gás faz parte da cesta básica”, declarou Lula.
O presidente afirmou ainda que a Petrobrás vende o botijão de gás para a distribuidoras por R$ 36. No entanto, acrescentou Lula, o produto é comercializado por valores que variam de R$ 130 a R$ 150. “Não é justo isso”, emendou.
Lula já havia sinalizado que queria baratear o gás de cozinha no ano passado, quando apresentou o “Gás para Todos”, iniciativa que deve substituir o atual “Auxílio Gás” – benefício pago junto ao Bolsa Família e que atualmente atende 5,6 milhões de famílias.
Na prática, o governo subsidiará o custo do botijão?
Lula reafirmou o compromisso do governo de isentar do Imposto de Renda (IR) quem recebe até cinco salários mínimos.
“Vamos implementar o crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada e encaminhar um projeto de lei para garantir essa isenção do IR, que tenho certeza será aprovado”, declarou o presidente.
Ainda durante sua agenda no Amapá, Lula voltou a defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que o licenciamento do projeto não vai prejudicar a imagem do Brasil na COP 30, que será realizada em Belém (PA), no mês de novembro.
“Dizem que a COP será aqui e que isso será ruim para nossa imagem. Mas os EUA, França, Alemanha e Inglaterra continuam explorando petróleo sem preocupações. A Inglaterra está na Guiana. Então, só nós vamos ficar para trás?”, questionou.
Lula destacou ainda que a transição energética ainda depende dos combustíveis fósseis e reforçou a importância dos investimentos desse setor para esse processo.
“Queremos preservar, mas não podemos ignorar uma riqueza que pode estar a dois mil metros de profundidade, enquanto Suriname e Guiana enriquecem com petróleo a apenas 50 km de nós”, concluiu.
